quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Indústria hoteleira se prepara para 2016 com estruturas ecologicamente corretas

Fonte: Globo Online

Ao mesmo tempo em que se prepara para criar mais quartos no Rio com vistas às Olimpíadas de 2016, a indústria hoteleira carioca tem outro desafio pela frente: tentar priorizar o conceito de hotéis ecologicamente corretos. De acordo com especialistas do setor, a preocupação dos hóspedes em todo o mundo por redes que tenham maior cuidado com o meio ambiente aumenta a cada dia. E, para atender a esse novo conceito, alguns hotéis do Rio terão que passar por modificações.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), existem no Rio atualmente 28 mil quartos disponíveis. Para atender aos requisitos mínimos exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), outras 12 mil habitações deverão ser criadas até 2016. A perspectiva é que praticamente todos os novos quartos sejam construídos tendo em vista conceitos modernos de ecologia, como o reaproveitamento de água e a eficiência energética.

"A preocupação com o meio ambiente é o mote e os hotéis ecologicamente corretos já são vistos como prioritários em muitos países do mundo. Os novos quartos terão que ser construídos levando esses conceitos em consideração, que são aquecimento solar da água, energia limpa, reciclagem de óleo, telhados refletores, enfim, tudo o que tiver ligado ao verde", garante o presidente da ABIH-Rio, Alfredo Lopes.

Com 418 apartamentos, o hotel InterContinental, em São Conrado, fez um contrato, no início deste mês, com a Light Esco - subsidiária da Light que atua no comércio do Mercado Livre e do Mercado de Fontes Alternativas - e passou a utilizar energia com selo verde. Além do baixo impacto ambiental, a energia limpa proporciona benefícios econômicos ao hotel, que consome uma média mensal de 500 mil Kwatts.

"O hotel quer fazer parte da consciência ecológica. E a energia do Mercado Livre, além de ser proveniente de um misto de pequenas hidrelétricas, energia solar, eólica e biomassa, está sendo 10% mais barata para a gente", revela o engenheiro chefe do InterContinental, Fábio Naves.

O novo conceito também levou o hotel a criar um programa de reciclagem, que, em 2008, foi responsável pelo recolhimento de 44 toneladas de papel, alumínio, vidro e plástico, e pelo descarte adequado de 3,4 mil litros de óleo de cozinha. Outra mudança foi a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas frias, mais econômicas.

Para atender à demanda dos Jogos Olímpicos, a rede Windsor, que já conta com 2.300 quartos em nove hotéis na cidade do Rio, também anunciou que fará novos investimentos. Além de reformar o antigo hotel Le Méridien, em Copacabana - adquirido pelo grupo há alguns meses - e que deverá ficar pronto no final de 2010, com 540 apartamentos, o Windsor vai construir mais dois novos prédios, até 2012.

Localizados na Barra da Tijuca, os dois hotéis ampliarão a capacidade de quartos da cidade em 900 unidades. E, segundo os dirigentes da rede, estarão em total sintonia com a consciência ecológica.

"Principalmente o cliente europeu tem uma preocupação muito grande com o meio ambiente. No lado corporativo, quando as empresas vão escolher os hotéis para hospedar seus funcionários, elas enviam um questionário com várias perguntas em relação à reciclagem, à eficiência energética, dentre outras questões. Várias dessas empresas fazem disso um ponto crucial para escolher os hotéis", garante Paulo Marcos Ribeiro, gerente de Marketing da rede Windsor.

Segundo Ribeiro, depois de prontos, tanto os novos hotéis da Barra quanto a reforma do antigo Le Méridien, em Copacabana, vão apresentar modernos sistemas de reaproveitamento de água da chuva e de água circulante, além de vários outros sistemas para melhorar a eficiência energética.

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